Dois signos, duas vias de atração, dois vinhos com alto potencial de match para quem é do signo de Touro

Nesta semana se encerrou o ciclo do signo solar de Touro, que vai de 21/4 a 21/5 – ainda em tempo para soltar o artigo sobre sua sinastria em vinhos. A ideia aqui é, com base nas orientações astrológicas sobre os pares mais acertados do zodíaco, indicar para o taurino os vinhos com humores mais parecidos aos seus matchs zodiacais.

Conforme visto no Zodíaco dos Vinhos, Touro é um signo de elemento Terra, regido pelo planeta Vênus e representado por Afrodite, a deusa do amor e da beleza para a mitologia grega. Esses elementos simbólicos estão na base da personificação dos nativos do signo. Por um lado, são pessoas mais “pé no chão”, que buscam estabilidade, relações sólidas e, ao mesmo tempo, uma vez venusianos, são pessoas românticas, que adoram os prazeres carnais. São gourmets e gourmands, isto é, gostam de comer bem e muito. Os vinhos taurinos, sugeridos pela série, apresentavam uma estrutura mais densa, mas também apetitosa e sedutora.

Pensando em sinastria, há um pouco dessa dualidade na escolha do que atrai o taurino. Signos com perfis mais racionais podem atraí-lo por almejarem a mesma trilha de tranquilidade e estabilidade. De outro modo, signos mais emotivos podem arrebatar o seu lado hedonista.

Uma das principais recomendações astrológicas para a sinastria é o signo complementar: aquele que ocupa a posição oposta a cada signo na roda zodiacal. O complementar ao de Touro é Escorpião. Segundo as interpretações especializadas, ambos têm em comum a possessividade, o ciúme, a determinação e uma grande conexão emocional. Os vinhos escorpianos já apresentados aqui são densos, profundos, até austeros, como os da uva Tannat, que foi escolhida como a clássica escorpiana. Considero esta uva um pouco dura para o taurino e creio que outra cepa citada, a Mourvèdre, seria mais arrebatadora.

Trata-se de uma variedade espanhola, com nome original Monastrell, que ficou mais conhecida em sua versão francesa (Mourvèdre), onde ela compõe o corte de tintos do Vale do Rhône Sul, o GSM (Grenache, Syrah, Mourvèdre). Este é um corte de tintos que vem se tornando bem famoso, a ponto de ser reproduzido internacionalmente. Mas na região sudeste da Espanha, DOs Alicante, Jumilla e Yecla, a Monastrell dá origem a vinhos monovarietais robustos macios, com taninos maduros, álcool e nariz generoso de frutas pretas adocicadas, especiarias doces e toques defumados. Considero esta a versão ideal para atrair os sentidos dos nativos venusianos.

A segunda sinastria recomendada para o taurino é com o signo de Capricórnio. Neste caso, o que permeia o encontro são as afinidades: pessoas essencialmente práticas, com ritmos semelhantes e necessidade de estabilidade. Enquanto a primeira sinastria se dá por uma via mais emocional, aqui a aliança é bem racional. Um encontro menos arrebatador, mais conservador.

Os vinhos que escolhi como capricornianos não apresentam um perfil estilístico muito semelhante entre si, pois a interseção se dá mais por uma perspectiva pragmática: são fórmulas de sucesso com características e atrativos distintos, que têm em comum a busca de um posicionamento vantajoso no mercado. Vinhos capricornianos podem muito bem ter seus estilos reinventados para a manutenção de sua vantagem competitiva.

Dentre os que sugeri anteriormente, creio que a fórmula mais arrebatadora para o apetite voraz taurino é o corte bordalês tinto, que tem como principais uvas a Merlot, a Cabernet Sauvignon e a Cabermet Franc. Vinho intenso, impactante e que funciona muito bem quando acompanhado de um prato à altura, como um entrecôte à la bordelaise, um magret de canard (peito de pato) ou uma costeleta de cordeiro. Com acompanhamento então, é presa certa para o signo de Touro!

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