O vinho clássico libriano é um pouco indeciso.
Libra é um signo do elemento Ar, que sempre retoma a perspectiva mais idealista do Zodíaco – o mundo das ideias, da criatividade, da imaginação. Ele também é regido por Vênus, o mesmo de que tratamos em Touro: quente, brilhante e que, mitologicamente, está associado à Afrodite, Deusa do Amor e da Beleza. Enquanto Touro, signo de Terra, vive essa dimensão amorosa de forma mais corpórea, concreta, sexual e até possessiva, Libra exprime Afrodite no seu gestual, na estética que permeia sua apresentação ao mundo. Librianos são charmosos, sedutores, diplomáticos – nada excede nem falta em seu discurso.
A sua representação é de uma balança, por ser um signo que busca o equilíbrio, a justa proporção. Este senso de justiça ou simplesmente essa capacidade de enxergar vários lados de uma questão e pesar prós e contras o aproxima dos demais, mas também dificulta a tomada de decisões. Assim, é, por definição, o signo mais indeciso do zodíaco, mas também o mais compreensivo e mediador de conflitos. O libriano é também um dos signos mais casadoiros do zodíaco: precisa da energia do amor para sobreviver e usa seus julgamentos compensatórios para aceitar o outro, mesmo que em condições mais extremas.
É hora de o virginiano sair do âmbito de sua “rabugice”, se deixar furtar do foco em problemas, da exaustiva correção dos erros, incluindo neste olhar uma perspectiva mais generosa, capaz de relativizar os pontos fracos, face às possibilidades de ganho com as fortalezas. Libra certamente o ensinará a ponderar, nem sempre a proferir a sentença.
O vinho de Libra, sendo de ar, deve trazer mais leveza, frescor, mantendo, entretanto, a volúpia e sensualidade venusiana. Equilíbrio é uma das chaves, bem como capricho nos aspectos estéticos que despertam a cobiça por esses vinhos. Para começar, saindo de trás dos bastidores virginianos, temos uma cepa que vai se tornando cada vez mais consagrada pela sua aromaticidade e frescor. Em certos terroirs, ela faz vinhos perfumados, de perfil tropical, impossíveis de não serem notados; em outros, pode gerar vinhos mais vegetais ou cítricos, um pouco mais modestos em aromaticidade. Da mais reservada Chenin (3o decanato de Virgem), passamos à Sauvignon Blanc no 1º decanato de Libra, que também brilha no Vale do Loire, mas que mostra seus encantos nos quatro cantos da produção vitícola mundial.
O vinho clássico libriano é um pouco indeciso, não sabe se é branco ou tinto e, para resolver o dilema, ele optou pelo meio do caminho! Os vinhos rosados, rosés ou rosatos em sua boa parte são os mais atraentes visualmente, já dentro da garrafa. Suas várias tonalidades de rosa – casca de cebola, pétala de rosa, salmão, morango, cereja etc. – atualmente combinados com garrafas de design exclusivos, encantam à primeira vista. Depois, contam com a aromaticidade meio camaleônica entre o branco e o tinto, mas sempre com certa leveza e frescor.
O vinho do terceiro decanato segue ainda na linha do frescor, da elegância e delicadeza. É produzido especialmente na região do Piemonte, Itália, como uma boa alternativa aos tânicos e mais longevos vinhos da Nebbiolo. A cepa Barbera começa a concentrar a cor para o libriano influenciado pelo obscurantismo escorpiônico. Sua acidez picante e baixa carga de taninos acompanham boa parte dos vinhos e ele poderá ter aromas de frutas vermelhas silvestres com notas herbáceas, se vinificado sem passagem por madeira; ou adquirir uma versão de fruta mais madura e chocolate, se mais alcoólico e com uso de barrica. O libriano transita bem pelas várias versões… cabe a você decidir por ele qual irá degustar!
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julian
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